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quarta-feira, 17 de julho de 2013

17/07/2013 Crise de refugiados da Síria é a pior dos últimos 20 anos no mundo

Crise de refugiados da Síria é a pior dos últimos 20 anos no mundo, afirma Guterres

Cerca de 1,8 milhões deslocados nos países vizinhos. Mortos da guerra são cerca de cinco mil por mês.
Impacto dos refugiados nos países vizinhos é "esmagador" JM LOPEZ/AFP
Seis mil pessoas, em média, fogem todos os dias da Síria, um número sem precedentes desde o genocídio do Ruanda, em 1994. Os refugiados de uma guerra que já matou quase 93 mil pessoas. Segundo os números oficiais, são agora nos países vizinhos cerca de 1,8 milhões.
“Não vimos um afluxo de refugiados com um nível tão assustador desde o genocídio do Ruanda, há quase 20 anos”, disse o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, numa rara sessão pública do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A média de seis mil refugiados por dia refere-se a 2013. Há mais de um milhão de sírios deslocados na Turquia e na Jordânia, 600 mil no Líbano, 160 mil no Iraque, 90 mil no Egipto. O impacto da onda de refugiados é “esmagador”, disse Guterres.
O embaixador do Líbano, Nawaf Salam, afirmou que os dados de que dispõe apontam para um número duas vezes superior de refugiados para o seu país – 1,2 milhões . “Se fosse o seu país, isso representaria um influxo de mais de 75 milhões de refugiados, ou mais de duas vezes a população do Canadá”, disse, dirigindo-se à presidente do conselho, a embaixadora norte-americana Rosemary Di Carlo. “Pode imaginar os impactos de influxo dessa magnitude no seu país?”
O secretário adjunto das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ivan Simonovic, declarou ao Conselho de Segurança que entre os 92.901 mil mortos registados na Síria desde o início da guerra  se incluem mais de 6500 crianças. “O número extremamente elevado de mortos hoje em dia – cerca de 5000 por mês – mostra a total deterioração do conflito”, afirmou.
Uma outra dirigente de topo das Nações Unidas, Valerie Amos, responsável pelas questões humanitárias, declarou ao Conselho de Segurança – onde a Rússia e a China têm bloqueado acções contra o regime do Presidente sírio Bashar al-Assad –  que o mundo “não só está a assistir à destruição de uma país como de um povo” e sublinhou que 6,8 milhões de sírios precisam auxílio humanitário urgente, incluindo mais de 4,2 milhões de deslocados internos. Destes, quase metade são crianças.
Amos disse que são necessários 3,1 mil milhões de dólares (perto de 2,4 mil milhões de euros) para financiar as operações humanitárias na Síria e nos países vizinhos até ao fim deste ano.
No Ruanda, em 1994, foram mortos cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados. Centenas de milhares de pessoas fugiram à violência.
A agência oficial síria, Sana, noticiou entretanto a morte de um alto funcionário  do regime por homens armados, no Sul do Líbano. “Um grupo terrorista assassinou o director da secção política de relações internacionais no seio da Organização Mundial para os Emigrados Árabes, Mohammad Darrar Jamo, frente à localidade de Sarafand, no Sul do Líbano”, anunciou, sem referir a data da ocorrência.
A palavra “terrorista” é usada pelo regime de Assad para designar os rebeldes.
Segundo a AFP, é a primeira vez desde o início da revolta na Síria, que um responsável sírio é morto em território libanês. 

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