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quinta-feira, 21 de março de 2013

21/03/2013 Guerra na Síria está a ser mais mortífera do que a do Iraque


Guerra na Síria está a ser mais mortífera do que a do Iraque

Média de 149 mortos por dia, desde o início de Dezembro. No Iraque, no ano mais violento, a média era de 111.
Combatente rebelde em Alepo, em Dezembro de 2012 AHMED JADALLAH/REUTERS
Os últimos meses de guerra na Síria estão a ser mais sangrentos do que as piores fases da violência no Iraque. Desde o início de Dezembro, são mortas, em média, 149 pessoas por dia no país que há dois anos vive em guerra civil, segundo um trabalho da revista Foreign Policy.
A revista cita dados da Brooking Institution segundo os quais, em 2006, foram mortos violentamente no Iraque 36.591 civis e elementos das forças de segurança. Morreram também em combate 3902 rebeldes, de acordo com informações da coligação militar internacional. O que dá uma média de 3374 iraquianos mortos por mês, 111 por dia.
Na Síria, desde o início do levantamento contra o regime de Bashar al-Assad, em Março de 2011, já perderam a vida mais de 70 mil pessoas, segundo estimativas das Nações Unidas. Os números dispararam nos últimos meses. AForeign Policy cita dados do Violations Documentation Center segundo os quais, desde o início de Dezembro de 2012, foram mortas, em média, 4472 pessoas por mês. A média diária é, neste caso, de 149, de acordo com os dados recolhidos por esta organização de activistas sírios anti-Assad que regista – com nomes, datas e locais – mortos, detidos e desaparecidos.
Ainda que digam respeito a um período inferior ao do ano de maior violência no Iraque – quando o dia-a-dia era marcado por bombas, atentados-suicidas, ataques às tropas norte-americanas e violência de sunitas contra xiitas – os dados confirmam o agravamento da situação na Síria. Atendendo a que a população síria é cerca de dois terços a do Iraque – 22 milhões de pessoas para 31 milhões –, mesmo que os números absolutos fossem iguais, o impacto das mortes seria mais elevado na Síria.
Numa das dimensões da guerra, os refugiados, o caso da Síria não tem, para já, as proporções que assumiu no Iraque, mas a situação tem-se agravado. O “pico” no Iraque foi atingido em 2007, com 2,2 milhões de pessoas, segundo as Nações Unidas. No caso da Síria, era de um milhão de pessoas no início do mês de Março. O alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, afirmou há dias que o número pode duplicar ou triplicar até ao final do ano. O número de deslocados internos é semelhante nos dois casos: 2,4 milhões de iraquianos em 2007, 2,5 milhões actualmente na Síria, segundo estimativas das Nações Unidas.
O autor do trabalho da Foreign Policy, David Kenner, escreve que, da mesma forma que a invasão do Iraque e a guerra definiram a última década no Médio Oriente, o levantamento na Síria parece poder definir a próxima. No caso do Iraque, os acontecimentos “moldaram as crescentes tensões entre sunitas e xiitas no mundo árabe e serviram como linha da frente na luta dos EUA com o Irão e alteraram a paisagem política em Damasco e Beirute”.
 

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