ATUALIDADES

O MELHOR BLOG PARA QUEM VAI ESTUDAR PARA CONCURSO OU VESTIBULAR .



Pesquisar este blog

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

04/09/2013 Dada uma explicação para as experiências de quase-morte

Dada uma explicação para as experiências de quase-morte

Estudo em ratos revela que ocorre grande actividade no córtex visual, o que pode explicar visões de luz de quem esteve à beira da morte.
Ver luz é uma das descrições desta experiência "mais reais do que a realidade" que algumas pessoas tiveram ADRIANO MIRANDA (ARQUIVO)
As experiências de quase-morte que muitas pessoas descrevem depois de serem salvas de situações de saúde graves, como um ataque cardíaco, podem representar um último pico de actividade cerebral durante um curto período de tempo depois do coração parar de bater. Pelo menos, é isto que indica uma experiência em ratos: tiveram um pico de actividade cerebral depois de um ataque cardíaco, revela um artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
“Muitas pessoas pensam que o cérebro, após a morte clínica, está inactivo ou hipoactivo, com menos actividade do que quando está acordado, e nós mostramos que não é isso que acontece”, explica Jimo Borjigin, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e autora do estudo. “Se podemos dizer alguma coisa é que o cérebro está muito mais activo durante o processo de morte do que durante o estado desperto”, acrescenta, citada pela BBC News.
Os investigadores foram estudar o que se passava durante a morte a nível do cérebro devido às muitas descrições das experiências de quase-morte, onde as pessoas que voltam a ser reanimadas dizem ver luzes e descrevem que o que sentiram é “mais real do que realidade”. Para isso, provocaram ataques cardíacos em nove ratos e mediram-lhes a actividade cerebral após ser declarada a morte clínica, quando o coração pára de bater e o sangue deixa de chegar ao cérebro.
O que mediram nos ratos através de encefalogramas foi um pico surpreendente de actividade cerebral gama espalhado pelo cérebro durante 30 segundos após a morte clínica. “Muitas assinaturas eléctricas do cérebro associadas à consciência excederam os níveis encontrados nos estados de vigília, sugerindo que o cérebro é capaz de realizar uma actividade eléctrica organizada durante o estado inicial da morte clínica”, diz em comunicado George Mashour, um professor de anestesiologia e investigado sénior da equipa.
As descrições da luz intensa descritas por pessoas que tiveram experiências de quase-morte podem estar ligadas à grande actividade no córtex visual medida nos ratos. “Este estudo mostra-nos que a redução de oxigénio ou de oxigénio e glicose durante a paragem cardíaca pode estimular a actividade cerebral que é característica do processo de consciência”, diz Jimo Borjugin. “Estes resultados também fornecem um quadro científico para as experiências de quase-morte descritas por muitos sobreviventes de paragens cardíacas.”
Apesar de assegurar que a experiência está bem-feita, Chris Chambers, investigador da Universidade de Cardif, no país de Gales, que não fez parte do estudo, é prudente em relação a fazer qualquer comparação com as descrições de experiências de quase-morte relatadas por pessoas. “Nesta experiência [agora publicada], ignoramos se os ratos estão conscientes e, mesmo se esse for o caso, é falacioso concluir que voltar a ter actividade cerebral é uma assinatura de um estado de consciência” diz, citado pela agência AFP, defendendo que não se podem tirar quaisquer conclusões para as descrições humanas a partir deste estudo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...