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quarta-feira, 17 de julho de 2013

17/07/2013 Segredo de uma vida longa pode estar em ingerir menos calorias

Segredo de uma vida longa pode estar em ingerir menos calorias

Experiência de equipa chinesa em ratinhos mostrou que redução das calorias influencia as bactérias intestinais.
O número de calorias parece ser mais importante do que o facto de o alimento ser ou não rico em gorduraPAUL J. RICHARDS/AFP
Restringir a quantidade de alimentos ingeridos pode ser a chave para uma vida prolongada, segundo dados de uma equipa de cientistas chineses que acabam de publicar um estudo na revista científica Nature Communications.
A equipa da Universidade de Jiao Tong, em Xangai, explica que fez uma série de experiências em 150 ratinhos ao longo de três anos e que foi possível estabelecer uma relação entre comer pouco e viver mais tempo nos ratinhos que foram sujeitos a uma restrição das calorias ingeridas por dia.
Zhao Liping, coordenador do estudo e investigador da Escola de Biotecnologia e Ciências da Vida da universidade chinesa, em declarações ao jornal Shanghai Daily, citado pela Lusa, adiantou que as conclusões se podem aplicar a outros animais e também a humanos – ainda que sejam necessárias investigações adicionais já que os resultados em pessoas devem ser personalizados. Além disso as experiências decorreram apenas em ratinhos machos, já que o sexo poderia ser um factor que poderia influenciar os resultados.
De acordo com o cientista, a restrição calórica favorece a expansão da flora bacteriana saudável presente no sistema digestivo, nomeadamente os lactobacilos, o que ajuda a combater e a reduzir o número de bactérias nocivas para o organismo. Zhao assegura que estas bactérias “boas” são um elemento determinante na saúde e tempo de vida.
“A restrição de calorias é o único regime experimental que pode alargar de maneira eficaz o tempo de vida em vários modelos de animais, mas o mecanismo que torna isso possível continua a ser controverso”, diz o artigo, que sublinha que os “microorganismos intestinais têm um papel essencial na saúde dos seus hospedeiros” e a sua estrutura deriva da forma como comemos.
“Os microbióticos do intestino mostraram que têm um papel pivô na saúde do hospedeiro e que a sua estrutura é sobretudo formada pela dieta. Com este estudo mostramos que uma dieta prolongada de restrição calórica tanto com muita como com pouca gordura, mas sem exercício voluntário, muda significativamente toda a estrutura dos microbióticos”, lê-se no estudo.
Segundo o artigo, as conclusões são válidas tanto para dietas com muitas ou com poucas gorduras, já que o que parece contar é o total de calorias ingeridas. Os ratinhos que foram sujeitos a uma dieta com cerca de menos 30% de calorias mostraram também uma redução de uma toxina associada a inflamações, a lipopolissacarídeo. E refere-se, também, que dados prévios em humanos já mostravam diferenças nas bactérias de quem tem uma dieta ocidental moderna ou mais rural.
Zhao Liping e os restantes cientistas acreditam que o trabalho que acabam de publicar traz importantes conclusões para outras investigações que estão a ser feitas sobre obesidade, as suas causas e efeitos, assim como para outras doenças do metabolismo.

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