Hezbollah já perdeu 79 combatentes em Qusair
Ao todo, diz o Observatório Sírios dos Direitos Humanos, 141 homens do movimento libanês foram mortos até agora na Síria.
Pelo menos 79 combatentes do Hezbollah morreram na última semana no assalto do Exército sírio contra Qusair, diz o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. O grupo libanês está a lutar ao lado das forças de Bashar al-Assad que tentam reconquistar a cidade aos rebeldes.
“Este número incluiu os 79 combatentes mortos entre a madrugada de 19 de Maio e domingo de manhã na explosão de minas, disparos em emboscadas e combates em Qusair e nos seus arredores”, descreve a ONG que regista as vítimas da violência na Síria com recurso a uma rede de activistas e médicos em todo o país.
Ao todo, diz o Observatório, o Hezbollah já perdeu 141 homens “desde o início da intervenção, há vários meses, nas regiões de Damasco e de Homs”.
Há membros do grupo xiita há bastante tempo na Síria, mas a entrada na batalha de Qusair é a mais significativa participação dos libaneses até agora na guerra.
Qusair, junto à fronteira da Síria com o Líbano, é um ponto estratégico para Assad pois liga a região da capital às zonas portuárias de maioria alauita (a minoria xiita de que a família no poder faz parte) a Norte.
“É a nossa batalha e estamos à altura”, disse o chefe do Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, num discurso gravado e transmitido para apoiantes no sábado à noite. “Vamos continuar nesta estrada até ao fim, vamos assumir as responsabilidades e vamos fazer os sacrifícios. Seremos vencedores”, prometeu, assumindo pela primeira vez como sua a luta de Assad. Horas depois, dois rockets explodiam em dois bairros dos subúrbios de Beirute onde habitam apoiantes do movimento.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou-se “profundamente inquieto” face ao papel crescente no Hezbollah no conflito sírio, dizendo temer que a guerra se alastre a outros países da região.
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