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quarta-feira, 15 de maio de 2013

15/05/2013 Árvore que servirá para descodificar o genoma do sobreiro escolhida em breve

Árvore que servirá para descodificar o genoma do sobreiro escolhida em breve

O projecto de sequenciação do genoma do sobreiro está orçado em 1,1 milhões de euros PAULO RICCA/ARQUIVO
O Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Alentejo do Baixo Alentejo e Litoral (Cebal), em Beja, vai identificar em breve o exemplar que servirá para sequenciar genoma do sobreiro.
Na primeira fase do projecto GenoSuber – Sequenciação do Genoma do Sobreiro, a equipa já seleccionou 50 sobreiros através de um estudo preliminar a nível molecular, a partir dos quais será “em breve” identificado o sobreiro cujo genoma será sequenciado, disse esta quarta-feira Sónia Gonçalves, do Cebal, à agência Lusa.
“Os sobreiros são árvores que se cruzam frequentemente com outras espécies de Quercus, como as azinheiras, resultando muitas vezes em híbridos do ponto de vista genético”, ou seja, com misturas de ADN, “embora visualmente sejam sobreiros”, explicou. Por isso, através de vários critérios, foi necessário seleccionar os 50 sobreiros, que estão situados em zonas de São Brás de Alportel e Loulé (Algarve), da Herdade dos Leitões (Alentejo) e da Companhia das Lezírias e identificados por coordenadas GPS e foto-identificação.
A equipa já apanhou folhas dos sobreiros, das quais extraiu ADN e os resultados estão a ser analisados para se identificar o sobreiro cujo genoma será sequenciado.
Estes são os primeiros resultados da primeira fase do GenoSuber e que serão divulgados durante a apresentação oficial do projecto, que vai decorrer na próxima sexta-feira, no auditório do Instituto Politécnico de Beja, integrada no I Encontro Ibérico sobre o Declínio do Montado.
Segundo Sónia Gonçalves, a descodificação do genoma vai permitir “um avanço no conhecimento e melhoramento genético” do sobreiro, “a espécie florestal com maior interesse económico e social em Portugal”, que é líder e responsável por cerca de 1/3 da produção mundial de cortiça.
Na apresentação, vai ser assinado um protocolo de colaboração entre o Cebal e a maior empresa mundial de produtos de cortiça, a Corticeira Amorim, que vai associar-se ao projecto, devido à sua “importância” para a fileira florestal.
A associação da Corticeira Amorim é “muito importante”, porque vai ser “um dos principais financiadores privados do projecto” e servir de “interlocutor” com a fileira florestal, o que permitirá à equipa “perceber quais os problemas que a produção e a transformação da cortiça têm” para “poder orientar a investigação” no sentido de os resolver.
Além do Cebal, o projecto envolve outras cinco instituições, 28 investigadores e está orçado em 1,1 milhões de euros, oriundos em 85% de fundos comunitários e a verba financiada por privados.
GenoSuber, que arrancou em Janeiro, deverá durar dois anos e meio e vai “trazer uma nova dimensão” à fileira florestal portuguesa, ao abrir a possibilidade de delinear estratégias de melhoramento da espécie, “com importantes repercussões a médio e longo prazo no sector” da cortiça, considerou ainda Sónia Gonçalves.

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