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terça-feira, 19 de março de 2013

19/03/2013


Vaga de atentados no Iraque assinalam 10 anos da invasão

Estado Islâmico do Iraque é o nome da nova entidade que organiza a violência sunita. Pelo menos 112 mil civis morreram naquele país desde 2003 por causa da guerra
Atentado na zona de Al-Mashtal, em Bagdad, esta terça-feira MOHAMMED AMEEN/REUTERS
Atentados com carros armadilhados e um bombista suicida em zonas xiitas de Bagdad, que fizeram pelo menos 50 mortos e 160 feridos, marcaram esta terça-feira o décimo aniversário da invasão norte-americana do Iraque que tirou Saddam Hussein do poder e o ressurgimento da violência sunita, que reclama ligações à Al-Qaeda, põe em causa a estabilidade do país.
A nova onda de violência incluiu também na segunda-feira um ataque ousado com três carros armadilhados no centro de Bagdad junto ao Ministério da Justiça, o qual foi também invadido por homens armados. Dois deles fizeram-se explodir no interior do edifício, relatou a AFP. Acabaram por morrer 30 pessoas e ficaram feridas 50.
O atentado de segunda-feira foi reivindicado pelo Estado Islâmico do Iraque, a organização que agrupa os grupos rebeldes sunitas afiliados à Al-Qaeda e desde o início do ano tem reclamado a autoria de uma série de ataques de grande impacto.
Quanto ao desta terça-feira, foi bastante espectacular: foram usadas 11 viaturas armadilhadas, algumas delas colocados perto da Zona Verde, a área altamente fortificada de Bagdad, mas também perto de um popular mercado da capital ou em d’Iskandariya, a 50 quilómetros para sul de Badgad, relata a AFP. Não foi ainda reclamada a autoria dos ataques.
A onda de violência levou o Governo iraquiano a adiar durante pelo menos seis meses as eleições que estavam marcadas para 20 de Abril em duas províncias, Anbar e Nineveh, devido a ameaças feitas aos trabalhadores que preparavam o escrutínio.
Durante os dez anos que se passaram desde a invasão norte-americana com o objectivo de deitar abaixo o regime de Saddam Hussein, pelo menos 112 mil civis foram mortos, diz um novo relatório da organização não governamental (ONG) Iraq Body Count, que tem sede no Reino Unido. Se se incluírem as mortes de combatentes (soldados e rebeldes), o número de mortes poderá atingir 174 mil.
E se o período da revolta sunita de 2006-2008 foi de longe o mais sangrento, os atentados não pararam. “O conflito ainda não acabou”, diz o relatório da Iraq Body Count. “É omnipresente e generalizado”, cita a AFP. Entre 4000 e 5000 pessoas continuam a morrer anualmente no Iraque devido à violência.
Nos Estados Unidos, dez anos passados sobre a queda das primeiras bombas em Bagdad, a 20 de Março de 2003 – foram usadas 4800 bombas na fase de invasão, recorda a Lusa – mais de metade dos norte-americanos (53%) considera que foi um erro enviar tropas de combate para o Iraque, segundo uma sondagem Gallup.

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