ATUALIDADES

O MELHOR BLOG PARA QUEM VAI ESTUDAR PARA CONCURSO OU VESTIBULAR .



Pesquisar este blog

quarta-feira, 6 de março de 2013

06/03/2013 MORRE HUGO CHAVES -PRESIDENTE REVOLUCIONARIO DA VENEZUELA


Morreu o Presidente da Venezuela Hugo Chávez

Morreu o Presidente da Venezuela Hugo Chávez Palácio de Miraflores, Reuters

O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, morreu na terça-feira, ao cabo de mais de dois anos de batalha com o cancro. O óbito foi comunicado ao país pelo vice-presidente Nicolas Maduro. Hugo Chávez Frías tinha 58 anos e terá morrido pelas 16h25 (20h55 em Lisboa). Foram já decretados sete dias de luto nacional e as cerimónias fúnebres realizam-se na próxima sexta-feira.

“Recebemos a informação mais dura e trágica que podemos anunciar ao nosso povo. Às 16h25 de hoje, 5 de março, morreu o nosso comandante, Presidente Hugo Chávez Frías, depois de ter combatido com obstinação contra uma doença por mais de dois anos” – Nicolas Maduro, vice-presidente da Venezuela e delfim de Chávez, anunciou com estas palavras a morte do Chefe de Estado. “Vamos ser os dignos herdeiros de um gigante”, afirmou emocionado o vice-presidente da Venezuela, Nicolas Maduro.

Hugo Chávez lutava desde junho de 2011 contra um cancro com origem na zona pélvica. Chávez regressara a Caracas a 18 de fevereiro, ao fim de mais de dois meses de hospitalização em solo cubano. Todavia, não mais apareceria em público ou falaria ao país.


O desfecho confirmado por Maduro adivinhava-se próximo, após a confirmação, horas antes, de que se agudizara a degradação do estado de saúde do Presidente venezuelano. Com base em fontes hospitalares, o jornal espanhol ABC noticia que Hugo Chávez terá na realidade morrido cerca das 7h00 em Cuba. Para onde tornara a ser transportado, segundo a mesma publicação. O anúncio de Nicolas Maduro, indica ainda o ABC, teria sido protelado para facilitar a trasladação do corpo.

As autoridades venezuelanas já decretaram sete dias de luto nacional. As cerimónias fúnebres estão previstas para a próxima sexta-feira.

Pouco depois do anúncio da morte de Chávez, o ministro da Defesa, Diego Molero, prometeu que as Forças Armadas permaneceriam “unidas para respeitar e fazer respeitar a Constituição” e a vontade do Presidente. Durante sua intervenção, transmitida por todos os meios de comunicação audiovisual da Venezuela, estiveram presentes algumas das mais altas patentes militares. Nicolas Maduro anunciaria, por seu turno, que militares e forças de segurança seriam posicionados por todo o país com a missão de “proteger o povo e garantir a paz”.
Diferendo constitucional à vista
No meio político venezuelano, desenha-se agora uma controvérsia constitucional. Se o poder executivo reitera que os destinos do país devem permanecer confiados ao vice-presidente, indicado para a sucessão pelo próprio Chávez, a maior fatia da Oposição considera que deve ser o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, a assumir interinamente a Presidência.

Após a comunicação de Nicolas Maduro, Caracas mergulhou num ambiente de consternação. Comércio e transportes públicos cessaram. E os apoiantes do Presidente falecido depressa começaram a sair às ruas.


“Somos todos Chávez”, gritaram alguns dos chavistas em Caracas.
Diante do Hospital Militar da capital, largas centenas de venezuelanos empunharam imagens do “comandante” - o antigo paraquedista eleito pela primeira vez no final da década de 90 e que apoiado em Simón Bolívar, figura tutelar da independência venezuelana face a Espanha, projetaria um “socialismo do século XXI”, selaria amizades polémicas com regimes como o do Irão e afrontaria com dureza o poderio dos Estados Unidos, em particular a Administração republicana de George W. Bush.

Durante a noite, o ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, Elias Jaua, reforçou a vontade de manter Maduro em funções presidenciais até à realização de eleições. O escrutínio poderá ocorrer dentro de 30 dias. Derrotado por Hugo Chávez no último processo eleitoral, Henrique Caprilles deverá voltar à liça eleitoral contra o vice-presidente. O governador de Miranda saiu a público nas últimas horas para sublinhar que não via em Chávez “um inimigo”, antes um “adversário” político.
“Relações construtivas”
Reeleito a 7 de outubro de 2012 para um mandato de seis anos, Hugo Chávez não pôde prestar juramento em janeiro deste ano. A sua investidura seria adiada pelo Governo, com o aval do Supremo Tribunal de Justiça e debaixo de fortes críticas da Oposição.

A notícia do desaparecimento do Presidente venezuelano suscitou uma vaga de reações de pesar por parte de vários líderes da América Latina. Desde logo de figuras próximas da corrente política de Chávez, nomeadamente os presidentes da Bolívia, Evo Morales, da Argentina, Christina Kirchner, e do Uruguai, José Mujica, que deverão agora deslocar-se a Caracas. Também Brasília assinalou a “perda de um amigo”. 

Em Cuba foram decretados três dias de luto nacional. E foi evocada a estreita amizade entre o Presidente venezuelano e Fidel Castro.

Em Washington, Barack Obama não deixou de enunciar um roteiro diplomático para o pós-Chávez, ao declarar que a América apoia os venezuelanos e ambiciona “relações construtivas” com o próximo líder do país. “No momento em que a Venezuela inicia um novo capítulo da sua História, os Estados Unidos continuam a apoiar políticas que sustentam os princípios democráticos, o Estado de Direito e o respeito pelos Direitos Humanos”, enfatizou o Presidente norte-americano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...