Coreia do Norte realiza novo teste nuclear
Coreia do Norte confirmou a realização "com sucesso" de um terceiro teste nuclear, uma revelação já condenada por vários países como a Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão e pelo secretário-geral das Nações Unidas. O teste ocorreu no mesmo local onde o regime norte-coreano realizou os outros dois ensaios nucleares, em 2006 e 2009.
Pyongyang fala de uma resposta às novas sanções internacionais. O teste ocorreu no mesmo local onde o regime norte-coreano realizou os outros dois ensaios nucleares, em 2006 e 2009. Moscovo e Londres já condenaram Pyongyang.Com uma reunião do Conselho de Segurança, atualmente presidido pela Coreia do Sul, logo pela manhã, hora de Nova Iorque, o ensaio nuclear da Coreia do Norte foi, primeiro, uma suspeita depois de vários observatórios sismológicos, incluindo da China, ter detetado um tremor de terra de características pouco comuns por a profundidade do abalo se ter dado a menos de um quilómetro.
Poucas horas depois do abalo, Pyongyang confirmava através da sua agência noticiosa, a KCNA, a realização do teste que a própria Organização do Tratado de Proibição de Testes Nucleares, organismo da ONU com sede em Viena, ter salientado que o abalo sísmico tinha características que apontavam nesse sentido.
"Um terceiro teste nuclear foi realizado com sucesso", revelou a Korean Central News.
"O teste nuclear foi realizado com parte das medidas de proteção da nossa segurança nacional e soberania contra a hostilidade imprudente dos Estados Unidos que violaram o nosso direito de lançar satélites de utilização pacífica", acrescenta a agência.
"O teste nuclear foi realizado com parte das medidas de proteção da nossa segurança nacional e soberania contra a hostilidade imprudente dos Estados Unidos que violaram o nosso direito de lançar satélites de utilização pacífica", acrescenta a agência.
Metade da bomba lançada em Hiroshima pelos americanos
De acordo com a Coreia do Sul a força da explosão é de entre 6 e 7 quilotoneladas, uma força que peritos de Seul dizem ser cerca de metade da força da força da bomba que os Estados Unidos lançaram sobre a cidade japonesa de Hiroshima há seis décadas.
Pyongyang garante que o teste foi desencadeado como "parte das medidas de proteção da (nossa) segurança nacional e soberania contra a hostilidade imprudente dos Estados Unidos que violaram o nosso direito de lançar satélites de utilização pacífica".Teste foi "resposta" às sanções
A Coreia do Norte viu as Nações Unidas aumentarem as sanções ao país depois de em dezembro ter efetuado um lançamento de um satélite com um foguete de longo alcance, um ensaio que Estados Unidos e a Coreia do Sul garantem ter sido um teste simulado para mísseis nucleares.
Oficialmente, a China, que vive uma semana de feriados devido às celebrações do Ano Novo Lunar, não emitiu ainda qualquer declaração sobre o ensaio, mas foi dos primeiros países a considerar fora do vulgar o sismo registado na Coreia do Norte.
O governo da Coreia do Sul confirmou também ter informações de que Pyongyang terá informado a China - seu principal aliado - e os Estados Unidos da realização do teste, muito embora não tenha revelado nem data nem hora para o ensaio.
O Presidente norte-americano Barack Obama disse que o teste "provocatório" não torna a Coreia do Norte mais segura e apelou a uma "rápida" e "credível" ação internacional como resposta. Obama prometeu também que Washington vai permanecer vigilante face ao teste nuclear subterrâneo e firme no seu compromisso de defesa dos seus aliados na Ásia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário