Merkel e Cameron não chegam a um acordo
Mesmo concordando que a criação de um imposto global ajudaria, não houve progressos em relação à possibilidade de haver uma cobrança apenas dentro da UE
São Paulo
A chanceler alemã, Angela Merkel, recebeu ontem em Berlim o primeiro-ministro britânico, David Cameron, para tratar sobre formas de enfrentar a atual crise da dívida que atinge os países da zona do euro. Segundo ela, porém, os dois não conseguiram chegar a um acordo referente à taxação sobre transações financeiras.
Apesar de os dois concordarem que a criação de um imposto global poderia ser uma medida positiva no momento, mas não houve progressos em relação à possibilidade de haver uma cobrança apenas dentro da UE (União Europeia). Merkel afirmou que a Europa deve focar na criação de empregos, deixando de interromper o crescimento e de descumprir o pacto de estabilidade na região.
Segundo ela, apesar de Alemanha e Reino Unido não partilharem da mesma moeda, uma vez que os britânicos não entraram na zona do euro, os dois dividem um mesmo mercado europeu. "Reino Unido e Alemanha precisam um do outro".
Cameron também ressaltou a boa relação dos países, afirmando ser óbvio que não concordam em todos os aspectos, mas que isso não diminui a importância do diálogo no momento de crise.
O premiê britânico pressionou novamente os líderes europeus para que sigam os compromissos feitos em Bruxelas no mês passado de realizar os ajustes necessários em seus países para equilibrar as contas e conter a crise da dívida.
Para ele, uma solução em longo prazo para a situação crítica atual envolve regras apropriadas de disciplina fiscal e da continuação da existência do euro que, segundo ele, deve ser defendida por todos os países que adotaram a moeda única.
A taxação sobre transações financeiras no bloco europeu vem sendo exigida há meses pelo ministro alemão de Finanças, Wolfgang Schäuble. A Alemanha considera essa medida "correta" e "necessária" para conter boa parte da especulação financeira que tem desestabilizado os mercados e proveria os Estados com mais recursos para combater a crise.
O Reino Unido, entretanto, que não pertence à zona do euro mas é membro da UE, se opõe a essa iniciativa porque acredita que causaria prejuízos ao seu setor bancário.
O que Cameron vem defendendo explicitamente, assim como a Franca e a Espanha, é que o BCE (Banco Central Europeu) compre títulos da dívida de países como a Inglaterra, o Japão e Estados Unidos, o que poderia aliviar a pressão sobre países mais afetados pela crise.
A atual legislação europeia, entretanto, não permite que o BCE financie os governos dessa forma. Além disso, a Alemanha se opõe a um papel maior da autoridade monetária por temer o risco hiperinflação que poderia acarretar.
APOIO
O novo premiê da Itália, Mario Monti, e seu gabinete formado por perfis técnicos para superar a crise no país conquistaram ontem um parecer positivo no voto de confiança que passou pela Câmara dos Deputados.
Com a confiança do Parlamento, o governo de Monti, formado por 12 ministros, mais outros quatro sem pasta, todos eles técnicos, pode começar a trabalhar se baseando nos três pilares anunciados pelo novo primeiro-ministro: rigor orçamentário, crescimento e igualdade.
O placar final da votação, que contou com a presença de 617 deputados, explicitou a vitória facilmente conquistada pelo premiê. O novo gabinete recebeu 556 votos a favor e 61 contra.
Monti explicou que seu governo terá duas fases: primeiro, aprovar as medidas de emergência e, posteriormente, propor "iniciativas concretas para modernizar as estruturas econômicas e sociais para ampliar as oportunidades das empresas e dos cidadãos".
Anteontem o novo governo havia recebido a confiança do Senado, com 281 votos a favor e 25 contra, ou seja, o apoio de todas as forças políticas com exceção da Liga Norte.
fonte:http://www.diariodecuiaba.com.br/
Mesmo concordando que a criação de um imposto global ajudaria, não houve progressos em relação à possibilidade de haver uma cobrança apenas dentro da UE
| |
|
A chanceler alemã, Angela Merkel, recebeu ontem em Berlim o primeiro-ministro britânico, David Cameron, para tratar sobre formas de enfrentar a atual crise da dívida que atinge os países da zona do euro. Segundo ela, porém, os dois não conseguiram chegar a um acordo referente à taxação sobre transações financeiras.
Apesar de os dois concordarem que a criação de um imposto global poderia ser uma medida positiva no momento, mas não houve progressos em relação à possibilidade de haver uma cobrança apenas dentro da UE (União Europeia). Merkel afirmou que a Europa deve focar na criação de empregos, deixando de interromper o crescimento e de descumprir o pacto de estabilidade na região.
Segundo ela, apesar de Alemanha e Reino Unido não partilharem da mesma moeda, uma vez que os britânicos não entraram na zona do euro, os dois dividem um mesmo mercado europeu. "Reino Unido e Alemanha precisam um do outro".
Cameron também ressaltou a boa relação dos países, afirmando ser óbvio que não concordam em todos os aspectos, mas que isso não diminui a importância do diálogo no momento de crise.
O premiê britânico pressionou novamente os líderes europeus para que sigam os compromissos feitos em Bruxelas no mês passado de realizar os ajustes necessários em seus países para equilibrar as contas e conter a crise da dívida.
Para ele, uma solução em longo prazo para a situação crítica atual envolve regras apropriadas de disciplina fiscal e da continuação da existência do euro que, segundo ele, deve ser defendida por todos os países que adotaram a moeda única.
A taxação sobre transações financeiras no bloco europeu vem sendo exigida há meses pelo ministro alemão de Finanças, Wolfgang Schäuble. A Alemanha considera essa medida "correta" e "necessária" para conter boa parte da especulação financeira que tem desestabilizado os mercados e proveria os Estados com mais recursos para combater a crise.
O Reino Unido, entretanto, que não pertence à zona do euro mas é membro da UE, se opõe a essa iniciativa porque acredita que causaria prejuízos ao seu setor bancário.
O que Cameron vem defendendo explicitamente, assim como a Franca e a Espanha, é que o BCE (Banco Central Europeu) compre títulos da dívida de países como a Inglaterra, o Japão e Estados Unidos, o que poderia aliviar a pressão sobre países mais afetados pela crise.
A atual legislação europeia, entretanto, não permite que o BCE financie os governos dessa forma. Além disso, a Alemanha se opõe a um papel maior da autoridade monetária por temer o risco hiperinflação que poderia acarretar.
APOIO
O novo premiê da Itália, Mario Monti, e seu gabinete formado por perfis técnicos para superar a crise no país conquistaram ontem um parecer positivo no voto de confiança que passou pela Câmara dos Deputados.
Com a confiança do Parlamento, o governo de Monti, formado por 12 ministros, mais outros quatro sem pasta, todos eles técnicos, pode começar a trabalhar se baseando nos três pilares anunciados pelo novo primeiro-ministro: rigor orçamentário, crescimento e igualdade.
O placar final da votação, que contou com a presença de 617 deputados, explicitou a vitória facilmente conquistada pelo premiê. O novo gabinete recebeu 556 votos a favor e 61 contra.
Monti explicou que seu governo terá duas fases: primeiro, aprovar as medidas de emergência e, posteriormente, propor "iniciativas concretas para modernizar as estruturas econômicas e sociais para ampliar as oportunidades das empresas e dos cidadãos".
Anteontem o novo governo havia recebido a confiança do Senado, com 281 votos a favor e 25 contra, ou seja, o apoio de todas as forças políticas com exceção da Liga Norte.
fonte:http://www.diariodecuiaba.com.br/

Nenhum comentário:
Postar um comentário